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Founders possuem [auto]rização?

Atualizado: 31 de mai.


Fonte: Pexels
Fonte: Pexels

"Eu: vamos lá, o que você deveria estar me contando e não está?

Founder: como assim?

Eu: estamos juntos nessa jornada faz tempo. É a primeira vez que sinto um sono inadministrável em uma conversa contigo. Me conta, sobre o que deveríamos estar conversando e não estamos?

Founder: jura não falar para ninguém?

Eu: Claro.

Founder: não sei se quero continuar na trilha de VC." 


A continuidade dessa conversa passou sobre levantarmos prós e contras da trilha de VC no contexto dessa startup especificamente. De tudo o que foi levantado, o ponto que foi trazido e que eu quero aprofundar aqui foi: 


"Founder: Estou cansado de ler livros e ter gente me dizendo o que fazer. Quero fazer as coisas do meu jeito. Ou melhor, não sei qual é o meu jeito, quero espaço para construir o meu jeito e ver no que dá.

Eu: e o que te impede?

Founder: Não sei."


Semanas depois, o founder descobriu o que era o vilão. O motivo não estava relacionado com cobrança de investidor, com exigências de Venture Capture, com pressão da responsabilidade de ter salário de colaboradores para pagar nem com vontade de dar orgulho para seus pais. 


O que o impedia de agir de acordo com “seu jeito” era correr o risco de construir uma empresa que não deu certo e não ter outra variável a responsabilizar a não ser a sua incompetência. Ele não se autorizava a correr esse risco e recorria ao histórico de sucesso de outras pessoas para garantir o seu.


Ao mesmo tempo, viver uma história de sucesso por seguir os passos dados por outros empreendedores deixou de ser um prognóstico de autorealização. 


Ele queria viver a sua história. Recortes de narrativas já vividas não matavam a sua sede.


Foram algumas semanas de reflexão até a tomada de decisão acontecer e a coragem chegar para que ele se bancasse. Alguns acharam que ele estava meio louquinho, irreconhecível. Ele sempre foi firme, estava agora ainda mais. Sempre foi diretivo, passou a ser ainda mais. Sua energia e gana em fazer dar certo foram triplicadas. 


Esse é um processo que ainda não acabou, não vou romantizar. Ainda escuto: “não sei bem onde isso vai dar, mas estou muito confiante e vendo sinais de que é o certo a ser feito”. Não é sobre agir de maneira irresponsável, desrespeitando as pessoas e tomando decisões inconsequentes e impulsivas. É sobre se autorizar a estar (auto)consciente, construir e expor sua opinião, estar aberto a co-construir, receber ajuda e enfrentar as dores e delícias de algo genuíno. 


O movimento acelerado de autodescoberta e autoconfiança dos últimos 5 meses já estão refletidos nos resultados dessa startup. Há dois meses a sua empresa apresenta números dignos de trilha de VC. 


“A minha auto autorização para ser que eu sou está autorizando a minha empresa a entregar todo o potencial que ela tem. Meu time está se autorizando a ser quem eles são, todos me dizem o que pensam agora e temos tido ideia muito mais efetivas.” - disse o founder esses dias.


Sim,  auto autorização reverbera.


PS: como sempre o que escrevo é fruto de experiências vividas e foi lido/autorizado pela pessoa que me deu a honra de ter essa história para contar.

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